quinta-feira, 25 de junho de 2009

Começam a acontecer coisas interessantes quando se mora muito tempo num mesmo lugar. Nunca fui de fazer isso; de passar muito tempo num mesmo lugar. Agora estou nessa cidade há oito anos, quase nove - indo e voltando. Reparo naquilo que li em livros sobre as figuras que estão por todo canto das cidades: loucos, vendedoras ambulantes de docinhos suspeitos e pseudo cults como eu. Cartas marcadas. Bêbados que batem ponto na boêmia. Estátuas; seres imóveis que não definem nada, mas que dão uma falsa sensação de segurança e de história a tudo aquilo que é transitório: a vida em si. São como anti-coisas. Somos perfeitos mentirosos.
Está na hora de começar tudo de novo. Dessa vez do zero.

6 comentários:

charliene disse...

adoro constancia, fico louca qd alguma coisa muda. mas as vezes é bom mudar.

Unknown disse...

estamos imersos num caos habitual.... não se costuma parar e admirar a coisa toda... e o pedacinho q vemos é so um fragmento mediocre... um abraço confortável e comodo...
concordo... ta na hora de começar d novo....do zero..... mas isso tb é so mais uma enganação.....

Bia disse...

Sempre fico dividida com essas coisas. Ser nômade é uma coisa estranha... mas tbm cansa. Da msm forma, cansa qdo td fica constante demais.
Mas é confortável conhecer tão bem assim a cidade... circular por td lugar sem problemas. Principalmente qdo a cidade oferece bastante coisa ;D
Mas conhecer cidades interessantes é divertido. Assustador as vezes, mas divertido ;)

Diogo Rezende disse...

cidade é um fênomeno doido
nela é gente é anti-coisa
no mato a gente é coisa
vamu pro mato

Anônimo disse...

Não vai começar do zero, vai ter um novo início, mas com sua história e o que aprendeu a ser vivendo em todos esses lugares na bagagem. Vai ter uma sensação nova, que talvez reconheça como liberdade, talvez saudade, e vai descobrir o que ninguém sabe!

Anônimo disse...

Tem vezes que eu visito o lugar aonde o Gui mora. É um lugar capaz de curar feridas, mas é preciso coragem para ir até lá. Pouca luz, pouca cor... Quem consegue chegar encontra alguém sem medo de olhar pra dor como se estivesse certo de ter experimentado na vida processos mais dolorosos. Não importa o que você diga. E então a sua dor e o medo parecem menores. Quando eu volto não sei por quanto tempo estive ali nem como tudo aconteceu. Volto melhor, com lembranças vagas dos procedimentos curativos. Talvez ele minta tempo todo, mas da necessidade constante de visitá-lo, trouxe ele pra morar comigo.